the killing #vemgente

 TODAS LAURA PALMER MORRE

então, eu vi the killing. e você diz "pohãn, agora?!" e eu dou um sorriso irônico/superior e digo que isso é uma vitória para minha pessoa considerando a situação da minha internet, que seria uma maravilha se a terra começasse a girar em slow motion.

enfim, parando de chorar e focando... o que eu tenho a dizer sobre o piloto duplo do novo suspense da amc é que se todas as estreias de 2011 seguirem a mesma linha de qualidade dessa uma, esse ano vai ser recheado de novos amores.

a série ambientada na cidade de seattle conecta a vida de três núcleos logo após o misterioso assassinato da jovem rosie larsen: a investigadora sarah, que estava prestes a se mudar da cidade depois de um pedido de casamento, a agora abalada família larsen, e o político bill campbell, que teve seu nome envolvido na morte de rosie devido a esta ter sido encontrada em dos carros da sua campanha para prefeito da cidade.

bom, the killing é amc, e só por isso você já espera um nível de excelência considerável. por exemplo, temos uma lenta velocidade de desenvolvimento da trama e na apresentação das personagens, o que aliás, é crucial em uma série de suspense como essa. as atuações também estão ótimas, principalmente as partes dramáticas protagonizadas pela carimbada michelle forbes e seu marido. é possível verificar também certas particularidades do canal como a sempre escolha de bastante pó de arroz na cara dos atores (porque SÓ isso explica aquela pele de bonecos), e lógico, o ambiente sombrio, frio e cinza.

é bem verdade que a série lembra muito a finada twin peaks, já que até o slogan vem com o mesmo estilo de pergunta que a da laura palmer: "quem matou rosie larsen?" isso foi proposital, logicamente, até porque, para atrair uma boa audiência, as emissoras se tentam de todos os artifícios. porém, as semelhanças param por aí, pois aqui, ao menos até agora, a bizarrice não é uma característica que deixará sua marca em the killing, e esta possui um tom até mais sério, mais noir, como realmente eu ouvi por aí.

de todos os pontos do piloto, eu destaco a hora em que o pai de rosen está ao telefone com sua esposa e finalmente descobre o que aconteceu, de verdade, com a sua, até então, desaparecida filha. desculpa, mas não consegui segurar as lágrimas, por isso, parabéns a produção e principalmente aos atores por uma montagem de cenas perfeita regada por um tom dramático e seco muito tocantes. já digo aqui que em uma futura lista de melhores cenas do ano, essa vai estar com certeza.

é muito cedo para dizer quais os caminhos que the killing irá trilhar. mas se a série seguir por esta linha narrativa de seu piloto eu já ficarei bastante satisfeito. agora é rezar para minha internet não entrar na menopausa (velhinha a coitada já tá), e eu conferir o resto dos episódios.

2011 começou bem, não? e com o tanto de bombas sendo anunciadas por aí, essa estreia até que amenizou minha relação com esse ano.